O temor da perda do Planalto se instala na base do PT. O Militantes petistas começaram a compartilhar nas redes sociais na tarde uma mensagem na qual assumem os ataques contra o governador de Pernambuco e presidenciável Eduardo Campos. Na mensagem publicada no Twitter, os militantes chamam Campos de "traíra". "Eu sou o autor da nota contra o traíra do Eduardo Campos", diz o texto.
A baixaria virtual teve inicio na terça-feira (7), quando uma nota publicada no Facebook do PT nacional chamou Eduardo de "tolo", "playboy mimado" e candidato "sem projeto, sem conteúdo e sem compostura política".
Cantalice, líder petista, em sua conta no Twitter. "A depender de alguns, você deve apanhar e ainda achar que é justo. Não temos essa vocação. Coerência e fidelidade aos ideais não mudam à toa!", escreveu e ainda saiu em defesa dos militantes. "Não se pode confundir: O PT é um Partido de Militantes e de Massas. Não é só partido de atuação parlamentar ou de épocas eleitorais!", comentou.
No contra-ataque o líder do PSB na Câmara, o deputado Beto Albuquerque (RS) afirmou em nota oficial que o PT, ao fazer os ataques ao antigo aliado, age como uma "seita fundamentalista" — a nota foi compartilhada na página oficial de Campos no Facebook. O governador pernambucano disse ontem que não responderia às agressões.
Especialistas em eleição declara que o ato de desespero. O ataque virtual a Campos faz parte da estratégia que a cúpula petista pretende adotar na campanha: concentrar o debate público com Aécio a fim de polarizar com o PSDB e criticar Campos nas redes sociais.
A premissa é a seguinte: o provável candidato tucano é mais fácil de ser batido num eventual 2.º turno, portanto é com ele que Dilma tem de discutir publicamente; ao mesmo tempo, o provável candidato do PSB, mais forte na avaliação do PT, precisa ser alvo de críticas duras, mesmo que virtuais.
Responsável por gerenciar as redes sociais do PT, o vice-presidente do partido, Alberto Cantalice, aprovou, segundo colegas de legenda, o texto com ataques a Campos antes de sua divulgação no Facebook. Cantalice admite que o artigo contra o governador é "fruto da insatisfação" com as críticas feitas pelo governador de Pernambuco ao governo Dilma, mas diz não ter aprovado previamente o material.
A ordem entre os auxiliares diretos de Dilma, a partir da estratégia já definida, é não esticar a polêmica pública e manter a política de boa vizinhança com Campos, de quem os petistas esperam receber apoio em caso de um 2.º turno com Aécio.
Fonte: R7 noticias
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