Pode está sendo lançado o programa “mais advogado”, como já fez o estado do Amazonas em 61 municípios do interior. Hoje, além de enfrentarem a conhecida falta de médicos, 1,8 milhão de habitantes não têm assistência jurídica gratuita.
“A maioria das cidades não tem defensor público e nem mesmo advogados comuns. A carência desses profissionais no interior do Estado ocorre pelas mesmas razões que dificultam a contratação de médicos”, diz Ricardo Trindade, defensor público geral do Amazonas. As dificuldades são as mesmas com dos Médicos, Distância, dificuldades de acesso e falta de estrutura básica, para explicar a escassez de profissionais no interior.
Sem dinheiro nem defensor público disponível, a população carente, quando necessário, recorre a rábulas, profissional que exerce a função de advogado sem formação acadêmica, ou simplesmente fica sem palavra.
No Brasil a lentidão é tanta que faz com que pessoas apodreçam atrás das grades de presídios brasileiros sem ainda terem sido julgadas. Ou ainda pior. Deixa mofando nas unidades prisionais outras que já cumpriram suas condenações e deveriam ser reinseridas na sociedade.
Levantamento feito pelo 7º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), revela que, em média, o Brasil tem 1,7 detento por vaga. Boa parte desses presos (38%) são provisórios, ou seja, com casos ainda não julgados.
Em sete estados, mais de 50% da população carcerária ainda aguarda julgamento: Mato Grosso (53,6%), Maranhão (55,1%), Minas Gerais (58,1%), Sergipe (62,5%), Pernambuco (62,6%), Amazonas (62,7%) e Piauí (65,7%). Segundo dados da Secretaria de Ressocialização do estado (Seres), em Pernambuco, o total de detentos nas unidades prisionais e cadeias públicas chega a aproximadamente 29 mil pessoas, entre homens e mulheres. No entanto, quase 18 mil desse total ainda não foi levado ao banco dos réus.
Fonte:Agência Brasil
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