O ex-presidente do PT e Presidiário José Genoino, renunciou ao mandato parlamentar nesta terça-feira (3) para fugir de uma possível cassação do mandato de parlamentar.
Na carta de renúncia, Genoino classificou o ato como “uma breve pausa nessa luta”. O petista reitera que não praticou nenhum crime, lembra que "jamais acumulou patrimônio e riqueza" durante a vida pública e diz preferir o "risco da luta" à humilhação.
Segundo o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), a carta de renúncia foi entregue à Mesa Diretora pelo deputado petista André Vargas (PR) durante contagem dos votos que decidiria pela abertura do processo de cassação.
De acordo com as formalidades a carta-renúncia vai ser lida hoje em plenário e divulgada no Diário Oficial da Câmara nesta quarta-feira (4), quando deve ser chamado o suplente para a vaga — o deputado Renato Simões (PT-SP), que já está no lugar de Genoino desde outubro.
Genoino estava licenciado do mandato na Câmara desde setembro. Na semana passada, a junta médica da Casa negou aposentadoria ao deputado, que passou por uma cirurgia cardíaca em julho e alega não ter mais condições de exercer o mandato.
De acordo com os resultados dos exames, “não existe no momento invalidez definitiva, mas circunstância de ter riscos na atividade laboral” e, por isso, a licença médica de Genoino, que venceria no início de janeiro, foi prolongada até o fim de fevereiro.
Outro laudo, da junta médica indicada pelo presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, também indicou que a doença cardíaca do petista "não se caracteriza como grave".
Fonte: R7
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