A cidade de Olinda amarga mais um recorde, a de obras paralisadas, segundo levantamento feito pelo, Diário de PE, Existem 11 obras sem conclusão na cidade com contratos que som mais de R$ 141 milhões, destes R$ 121,9 milhões já foram pagos.
Em vários lugares da cidade a primeira impressão é que “Olinda está em obras”, mas um olhar atento percebe-se que os canteiros, placa, tapume ou mesmo estruturas estão completamente abandonadas.
Uma das obras mais antigas é a construção do restaurante popular Dom Helder Câmara no bairro de Peixinhos que teve início em 2005, na Gestão de Jacilda Urquiza. O abandono sala os olhos com paredes nos lugares das portas de entrada do prédio, a placa há muito foi retirada do lugar e do lado corre esgoto a céu aberto.
Informações do Tribunal de Contas da União atestam que os repasses foram suspensos por “inadimplência”. A prefeitura alega “alteração no projeto original, necessário para a conclusão do projeto, o que alterou o cronograma da obra”. O projeto foi orçado em R$ 1,4 milhão e todo o valor foi liberado pelo governo federal. Questões jurídicas também paralisaram as obras de infraestrutura urbana na Ilha do Maruim, que se arrastam desde 2006. Nesse caso, a prefeitura informou que a estagnação é “função das demandas da Assessoria Comunitária nas desapropriações da área, o que alterou o cronograma”. O orçamento dela chega a R$ 5.975.797,30.
Orla
A obra da orla de Olinda que se arrasta a 6 (seis) anos dela contrastam com o valor que ultrapassa os R$ 20 milhões. Na lista estão revitalização, pavimentação e drenagem no entorno da Praça 12 de Março, contenção do avanço do mar e revitalização da orla nos trechos de Bairro Novo, Casa Caiada e Rio Doce. Sobre todas, a prefeitura informa estarem em andamento. Para algumas, a promessa de entrega é dezembro deste ano.
Canal Bultrins
O Canal Bultrins e o do Fragoso, segundo a prefeitura afirma que os trabalhos estão em andamento, mas não é o que podemos ver. Até uma multa foi criada para proteger a “obra do Canal Bultrins” A construtora Delta aparece como vencedora da licitação.
Jardim Brasil
Os serviços de urbanização e saneamento do bairro de Jardim Brasil I e II também foi vencida pela Delta, cujo valor contratado é de R$ 99.852.261,69. Desse montante, R$ 87.355.488,35 constam como pagos, conforme dados do TCE fornecidos pela própria prefeitura. Porem neste caso foi publicado recentemente um novo edital de licitação “devido ao distrato com a empresa vencedora da licitação anterior”. “A obra, conforme assessoria estaria orçada em R$ 74 milhões e o saldo contratual seria de R$ 19 milhões.
No site da Prefeitura só constam as obras do Bairro da Caixa d’Água, serviços de esgotamento sanitário, contenção de encostas, pavimentação e drenagem. Que está atrasada. No Bairro do Córrego do Abacaxi, serviços de esgotamento sanitário, contenção de encostas, pavimentação e drenagem. Já no Bairro de Jardim Brasil I e II os valores foram usados para revestir o Canal da Malária. No São Benedito as obras estão nas redes de esgotamento sanitário, 9 mil metros de rede de abastecimento de água, e pavimentados 20 Km de ruas.
E mais o Mercado Eufrásio Barbosa, segunda em menos de 8 anos Revitalização do Alto da Sé, segunda em menos de 8 anos Revitalização do Fortim, Estádio Eugênio de Araújo “Olindão” Abandonada, Revitalização da Orla segunda em menos de 4 anos.
Uma audiência pública às 19h desta segunda-feira, no Colégio DOM, discutirá as obras inacabadas na orla marítima de Olinda.
E os vereadores?
Com o controle, quase Total, o prefeito da cidade teve suas contas aprovadas. Mas esse relacionamento entre o legislativo e o executivo já dá sinais de desgostos. A Câmara que antes contava com um vereador de oposição, Arlindo Siqueira (PSL), e 16 de situação. Hoje a turma do contra aumentou, atualmente um grupo independente, intitulado por G6 e composto pelos vereadores Jorge Federal (PSD) Jesuíno Gomes (PSDB), Mônica Ribeiro (PDT), Riquinho Água e Gás (PDT), Joab Teodoro (PRP) e Professor Lupércio (PV). Até o O deputado estadual Ricardo Costa (PTC) que retirou a sua candidato a prefeito de Olinda para apoiar Renildo Calheiros (PCdoB) já dá sinais de pular fora do barco.
De quem é a culpa?
O Prefeito foi eleito no primeiro turno das eleições de 2008, com 56,43% dos votos válidos e reeleito, também no primeiro turno, nas eleições de 2012, com 50,45% dos votos válidos.
Uma Pesquisa do Governo estadual aponta que não existe um só prefeito bem avaliado na Região Metropolitana. O campeão em rejeição é Renildo Calheiros (PCdoB), de Olinda. Fonte: Blog do Magno Martins
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