Editorial
O prefeito de Custódia disse que "por aqui, só não trabalha quem não quer". Os salários ao longo da transposição variam entre o mínimo de R$ 465 e R$ 1.500.
O secretário Fernando Bezerra Coelho, do Desenvolvimento Econômico do Estado, acha-se entusiasmado com o que acaba de rever das obras da transposição das águas do Rio São Francisco para áreas de que carecem em Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. Não é somente a autoridade que se tem entusiasmado com o andamento dos serviços, depois que teimosas querelas improcedentes contribuíram para o atraso no andamento das obras. O caso desta transposição é mais um no qual venceu a paciência da população contra o açodamento de alguns em desservir parte dos sertões e caatingas mais sofridos. Em matéria desenvolvida a contar da visita do secretário, em recente edição do Diario de Pernambuco, verifica-se que, apesar da crise em que veio de ser parcialmente envolvido o Brasil, as obras retomaram ritmo praticamente ideal, já que nenhum fator fora do projeto perturba o trabalho de quem se acha encarregado de torná-lo realidade.
Informa o Diario que a transposição de parte ínfima da vazão final do Rio São Francisco, ou cerca de 26m3 por segundo, está a proporcionar impacto na economia sertaneja. Segundo o secretário Fernando Bezerra Coelho, os serviços no Eixo Leste da transposição, concentrados na área dos municípios de Custódia e Sertânia, deverão estar empregando cerca de 8.000 trabalhadores até o próximo dezembro. Sucede, por outro lado, que o engajamento de trabalhadores nos serviços de construção aqui mencionados atribui preferência ao pessoal que prova pertencer à área por onde passam as máquinas, ou seja, área que será beneficiada pelo projeto.
Os lotes da transposição mais povoados de trabalhadores com carteira assinada são o de nº 11 e de nº 12, dois dos seis que fazem parte do Eixo Leste. O citado Eixo se concluirá em dezembro de 2010, após dispêndio da União Federal da ordem de R$ 1,5 bilhão. O Eixo Leste terá 220 quilômetros de extensão, enquanto o outro Eixo, o do Norte, cerca de 400 quilômetros.
Jamais esqueceremos que a transposição das águas do Rio São Francisco, na direção dos semiáridos do NordesteOriental, é projeto que data do Segundo Império, constituindo por isto uma espécie de vergonha nacional agora resgatada pelo atual governo da República. Será outra vergonha se, concluído o projeto e procedido ao jorro das águas para as caatingas e sertões até hoje desassistidos, os brasileiros não tiveram fôlego para erigir as obras complementares como as de irrigação, ou o casario para quem ainda hoje mora em casebres cheios da peçonha das cobras e escorpiões. Eis caso em que o complemento é tão ou mais relevante que o principal.
É pena que não se tenha podido acelerar o começo dos trabalhos, conferindo-se ritmo apressado ao início das obras de transposição mais importantes que se fazem hoje nas lonjuras sertanejas do Nordeste. Estime-se por aí os problemas que causam a um bom serviço público determinadas campanhas, a exemplo da que chegou a afirmar, nos seus discursos, que "transpor 26m3 de uma bacia a outra irá comprometer a biodiversidade das águas do rio". Mencionou-se que a transposição "tiraria o emprego da população eventualmente desapropriada", como se, concluídos os serviços, as terras irrigadas não pudessem estabelecer inúmeras vagas para a mão-de-obra dos lugares beneficiados. O prefeito de Custódia disse que "por aqui, só não trabalha quem não quer". Os salários ao longo da transposição variam entre o mínimo de R$ 465 e R$ 1.500.
O secretário Fernando Bezerra Coelho, do Desenvolvimento Econômico do Estado, acha-se entusiasmado com o que acaba de rever das obras da transposição das águas do Rio São Francisco para áreas de que carecem em Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. Não é somente a autoridade que se tem entusiasmado com o andamento dos serviços, depois que teimosas querelas improcedentes contribuíram para o atraso no andamento das obras. O caso desta transposição é mais um no qual venceu a paciência da população contra o açodamento de alguns em desservir parte dos sertões e caatingas mais sofridos. Em matéria desenvolvida a contar da visita do secretário, em recente edição do Diario de Pernambuco, verifica-se que, apesar da crise em que veio de ser parcialmente envolvido o Brasil, as obras retomaram ritmo praticamente ideal, já que nenhum fator fora do projeto perturba o trabalho de quem se acha encarregado de torná-lo realidade.
Informa o Diario que a transposição de parte ínfima da vazão final do Rio São Francisco, ou cerca de 26m3 por segundo, está a proporcionar impacto na economia sertaneja. Segundo o secretário Fernando Bezerra Coelho, os serviços no Eixo Leste da transposição, concentrados na área dos municípios de Custódia e Sertânia, deverão estar empregando cerca de 8.000 trabalhadores até o próximo dezembro. Sucede, por outro lado, que o engajamento de trabalhadores nos serviços de construção aqui mencionados atribui preferência ao pessoal que prova pertencer à área por onde passam as máquinas, ou seja, área que será beneficiada pelo projeto.
Os lotes da transposição mais povoados de trabalhadores com carteira assinada são o de nº 11 e de nº 12, dois dos seis que fazem parte do Eixo Leste. O citado Eixo se concluirá em dezembro de 2010, após dispêndio da União Federal da ordem de R$ 1,5 bilhão. O Eixo Leste terá 220 quilômetros de extensão, enquanto o outro Eixo, o do Norte, cerca de 400 quilômetros.
Jamais esqueceremos que a transposição das águas do Rio São Francisco, na direção dos semiáridos do NordesteOriental, é projeto que data do Segundo Império, constituindo por isto uma espécie de vergonha nacional agora resgatada pelo atual governo da República. Será outra vergonha se, concluído o projeto e procedido ao jorro das águas para as caatingas e sertões até hoje desassistidos, os brasileiros não tiveram fôlego para erigir as obras complementares como as de irrigação, ou o casario para quem ainda hoje mora em casebres cheios da peçonha das cobras e escorpiões. Eis caso em que o complemento é tão ou mais relevante que o principal.
É pena que não se tenha podido acelerar o começo dos trabalhos, conferindo-se ritmo apressado ao início das obras de transposição mais importantes que se fazem hoje nas lonjuras sertanejas do Nordeste. Estime-se por aí os problemas que causam a um bom serviço público determinadas campanhas, a exemplo da que chegou a afirmar, nos seus discursos, que "transpor 26m3 de uma bacia a outra irá comprometer a biodiversidade das águas do rio". Mencionou-se que a transposição "tiraria o emprego da população eventualmente desapropriada", como se, concluídos os serviços, as terras irrigadas não pudessem estabelecer inúmeras vagas para a mão-de-obra dos lugares beneficiados. O prefeito de Custódia disse que "por aqui, só não trabalha quem não quer". Os salários ao longo da transposição variam entre o mínimo de R$ 465 e R$ 1.500.
Cabe partilhar o estusiasmo do secretário.
Diario de Pernambuco - 30/5/2009
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